Falar em vocação é pensar para além do chamado aos estados de vida do sacerdócio, celibato e matrimônio. É preciso compreender que o primeiro chamado feito por Deus a cada um é a vida. Pelo batismo todos recebem o imperativo divino para a santidade. "A igreja alarga seu entendimento sobre vocação. Somos todos chamados a santidade, da criança que foi batizada hoje ao que morreu no lugar mais distante da terra", explica Pe. Rafhael Maciel, Promotor Vocacional da Arquidiocese de Fortaleza e Reitor do Seminário Propedêutico.
Algo precisa ficar claro: "vocação não é profissão. Ser padre não é profissão assim como ser casado, ser religioso não o é". Os estados de vida são caminhos missionários que Deus escolheu para as pessoas chegarem ao céu.
Desafios desse tempo
Um desafio percebido neste tempo de acordo com o reitor, que pode atrapalhar a caminhada vocacional, é a falta de perseverança. "Os estados de vida exigem compromisso. É preciso perseverar apesar dos problemas", ensina o Pe. Rafhael.
"Renunciar" é uma exigência que também requer o chamado cristão à santidade. "Somos chamados ao desapego, a deixar tudo, a todas as formas de dependência. O verbo renunciar não é muito conjugado nos dias atuais, pois se associar à perda. No evangelho renunciar é 'perder para ganhar'. Renunciar indica que precisamos fazer escolhas para na nossa vida", diz o reitor.
"Deus nunca nos chama para a infelicidade. Entendendo que nossa felicidade não é sinal de realização apenas. A felicidade do padre é ver o rebanho crescer. Do casal é ver o outro feliz, da religiosa é testemunhar o cumprimento da missão", finaliza o padre.
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