22 de jun. de 2011

fonte: Arquidiocese de Fortaleza


Queridos irmãos Padres e Diáconos,
Queridos seminaristas,
Amados vocacionados,
Povo de Deus,

Chegamos ao meio de mais um ano! Na vida e na liturgia da Igreja, após o Tempo da Páscoa retornamos ao Tempo Comum, ou seja, um tempo litúrgico todo especial para se refletir sobre o conteúdo da mensagem de Jesus Cristo e para um aprofundamento da Boa Nova que Ele mesmo trouxe para nós.

O Tempo Comum é, para nós, um tempo de renovação da esperança na promessa de salvação do Filho de Deus e de podermos ir, aos poucos, mostrando maturidade na nossa fé – o que fica bem delineado quando, no Tempo Comum, quando passamos a dar atenção aos fatos, aos encontros e pregações de Jesus contidos na Palavra de Deus. O Tempo Comum é, assim, um tempo para caminhar na fé por meio dos acontecimentos e ditos de Jesus que a Palavra de Deus nos propõe para reflexão.

Poderíamos, por conseguinte, entender o Tempo Comum, como um tempo privilegiado para encontrarmos o Senhor em nossas vidas a partir dos acontecimentos do dia a dia, do nosso cotidiano. Se for desse modo, podemos nos perguntar, neste tempo da Igreja, como estamos percebendo a presença do Senhor Jesus em nossa vida naquilo que é ordinário, comum.

E são tantos os lugares e situações nos quais podemos nos encontrar e perceber a ação de Deus: na nossa casa, no nosso trabalho, no local de estudo, na comunidade, grupo ou Movimento do qual participamos. Devemos buscar sentir os sinais do Senhor desde o despertar até o anoitecer, pois no decorrer de um dia quanta coisa Deus nos fala e faz por nós!

É exatamente nesta direção que nossa atenção deve se voltar, assim como para as pessoas que nos circundam. Agora falando diretamente a você, caro irmão, caro vocacionado: você já parou para perceber como Deus tem lhe falado através das pessoas com as quais você tem contato diariamente: seu pároco, sua família (pai, mãe, irmãos), seus colegas de trabalho ou de estudos, seus amigos mais próximos, seus companheiros de caminhada na Igreja… Seja em que Movimento ou pastoral for, enfim, Deus nos fala sempre, no mais simples e no mais concreto de nossas vidas!

Essa certeza de que o Senhor fala conosco sempre só pode nos dar força e alegria. O Tempo Comum é também tempo de mostrarmos ao mundo e à sociedade que somos felizes por que fazemos parte da família de Deus e que procuramos a cada dia crescer na fé e no amor, começando em nossas casas, em nossas comunidades e grupos, espalhando essa realidade por onde quer que passemos.

Mais propriamente no final deste mês de junho, que viveremos dentro do contexto das Solenidades do Tempo Comum, destaca-se a Festa do Sagrado Coração de Jesus (que será no dia 01 de julho). É a festa em que se recorda com todo carinho que o coração de Deus sempre bateu e continua batendo de amor por nós; que este Divino Coração está inflamado pela chama do amor que brota de um Coração que é só amor e misericórdia. O Coração de Jesus deve dar o ritmo das batidas dos nossos corações; os nossos corações devem procurar bater ao ritmo desse Sagrado Coração.

Mas, um lembrete todo especial: desde alguns anos foi instituído que este dia é o dia de oração pela santificação dos sacerdotes. Pois bem, aqui está uma tarefa bem concreta que devemos todos assumir: rezar pelos nossos padres, por aqueles que têm a missão de pregar a Palavra de Deus e de celebrar os sacramentos, de forma especial a Eucaristia e a Penitência, com os seus fiéis. Cabe, ainda, pedir uma oração toda especial pelo nosso Santo Padre, o Papa Bento XVI, que neste ano, dia 29 de junho, celebrará 60 anos de ministério sacerdotal. Quanto tempo dedicando a vida em favor da salvação das almas! Rezemos pelo Papa e por sua missão.

Como não é demais, neste dia podemos estender essa oração àqueles que estão à caminho do sacerdócio – os seminaristas e diáconos, para que perseverem e deixem-se guiar pelo Espírito do Senhor. E ainda rezaremos pelos vocacionados ao sacerdócio, para que a Mãe e Rainha das vocações interceda pelo discernimento de cada um.

Olhando para tudo isso, perguntamo-nos: como podemos viver este ideal do Tempo Comum e o amor do Sagrado Coração de Jesus no discernimento vocacional? Fica a pergunta para que cada um possa refletir e pensar sobre esse exercício de amadurecimento da fé. Bom proveito, afinal, “o essencial é invisível aos olhos!” (S. Éxupery).

Fortaleza, 16 de junho de 2011

Pe. Rafhael Silva Maciel
Reitor Seminário Propedêutico
Coord. Pastoral Vocacional de Fortaleza

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