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Palavra do Pastor

Dom José Antonio Aparecido Tosi Marques, Arcebispo Metropolitano de Fortaleza

27 de mar. de 2013


SEMANA SANTA NA CATEDRAL METROPOLITANA DE FORTALEZA

A Semana Santa, neste ano de 2013 celebrada de 25 a 31 de março, é a celebração da Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus Cristo, que dá uma grande demonstração de fé, religiosidade e devoção. Tem início no Domingo de Ramos – celebração que recorda a entrada triunfal de Jesus Cristo em Jerusalém e termina no Domingo de Páscoa, com a celebração da Ressurreição de Cristo.
Horários das Cerimônias Litúrgicas da Semana Santa na Catedral Metropolitana de Fortaleza, presididas por Dom José Antonio Aparecido Tosi Marques, Arcebispo de Fortaleza :
* Dia 28 de março, Quinta-Feira:
- 8h, Missa da Unidade, Renovação das Promessas Sacerdotais e Bênção dos Santos Óleos; 
- 18h30min, Missa da Ceia do Senhor – Lava-Pés, ao final transladação do Santíssimo Sacramento (Vigília até por volta das 23h).
* Dia 29 de março, Sexta-Feira:
- 9h, Celebração das Horas (Ofício da Liturgia das Horas); 
- 15h, Celebração da Paixão e Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo, seguida da Procissão do Senhor Morto.
* Dia 30 de março, Sábado:
- 9h, Celebração das Horas (Ofício da Liturgia das Horas); 
- 20h, Solene Vigília Pascal.
* Dia 31 de março, Domingo da Ressurreição:
- 18h30min, Missa Solene seguida da Procissão do Ressuscitado.
* Os dias e horários das Confissões na Catedral durante a Semana Santa será:
Terça e Quarta-Feira – das 10h30min às 12h e das 15h30min às 17h. Nestes dias Missa às 12h.
Sexta-feira Santa – dia todo de Confissões.
Informações pelo telefone (85) 3231 4196, na Secretaria da Catedral.

26 de mar. de 2013


E O GALO CANTOU...

Pe. Rafhael Silva Maciel

Inspirado na homilia de Dom José Antonio, hoje, 26.03.13, no Seminário Propedêutico, pus-me a refletir no seguinte:



Na cena evangélica da negação de Pedro (Jo 13,38// Lc 22,34.60), surge nela, não como um componente cenográfico, mas como parte essencial da narrativa o famoso GALO. É isso mesmo! Um galo, que pode parecer à primeira vista algo supérfluo ou apenas para dar um tom sombrio à cena da negação/traição; mas a presença desse animal aí na cena é importantíssima.
Para aqueles que conhecem, vivem ou viveram no campo, no meio rural, é comum de madrugada, bem nos primeiros indícios dos primeiros raios do sol, ouvir o canto do galo; isso inclusive gerou um dito popular sobre as pessoas que acordam cedo, ao se dizer “(fulano) acordou com as galinhas”, ou seja, acordou cedinho, com o canto do galo, que canta para despertar o galinheiro. Acontece que o galo canta e acorda não só seu galinheiro, acaba por acordar muitas pessoas que se dão conta que já é hora de despertar!
Para o povo da Bíblia o canto do galo é uma metáfora (incômoda) para falar do despertar das consciências. Parabolicamente o canto do galo que desperta pessoas de uma noite de torpor e de sono, fazendo-lhes abrir os olhos e acordar para a realidade circundante é o mesmo que o canto da consciência (aqui o galo), que faz as pessoas saírem de situações de torpor e “inconsciência” para pisarem a realidade concreta dos fatos e das suas atitudes.
Pedro, ao ouvir o canto do galo, no Evangelho da negação, não escuta somente o galo que canta de madrugada, fim de noite (Jo 13,30b); Pedro depara com olhar de Jesus em sua direção (Lc 22,61), e esse olhar de Jesus é como o canto do galo que desperta seu coração e sua mente para perceber o quê tinha feito (Lc 22,61b). Pedro toma consciência do torpor, do medo e da incoerência para com suas próprias palavras, ditas a Jesus, de que morreria pelo Mestre (Jo 13,37// Lc 22, 33). Pedro está, aqui assustado e inquieto, diante de tudo o que presencia. Pedro fica perturbado, comovido, entende o que acabou de fazer, negando ao Mestre; sabe que pecou gravemente. O olhar de Jesus (“o canto do galo”) leva Pedro ao choro de um arrependimento tomado de uma contrição verdadeira, movido pela graça de Deus.
Parece que nos dias de hoje precisamos ouvir “muito galo cantar”, para acordarmos do sono e da inércia em que vivemos, diante da realidade e daquilo que o Senhor tem pedido a cada um. Quantas vezes temos dormido, cochilado, entrado em estado de letargia, diante do pecado, diante das omissões para com os irmãos; quantas vezes nossa mentalidade está tomada pelo medo das consequências do seguimento de Cristo. Com toda certeza, se ouvíssemos mais o galo cantar (a consciência de nossas ações diante da Palavra) não negaríamos tanto ao Senhor quando não o amamos concretamente nos irmãos; não entraríamos em roda de fogueira (Lc 22, 55) para nos aquecermos junto aos acusadores de Jesus; não adentraríamos em ambientes (físicos ou mesmo intelectuais) onde se recusa ao Amor.
No mundo de hoje, imbuídos pelo que o Ano da Fé convida tem nos convidado a viver na proclamação da nossa Fé em Jesus Cristo, como povo de Deus, Corpo de Cristo, estamos convidados a “continuar amando o Senhor; mas isto não basta: tem obrigação, apesar do risco evidente, de não dissimular a sua condição de discípulo” (Bíblia de Navarra, comentário página aos versículos 55-62, p. 1028). Urge, portanto, ter claro que o desânimo de, por vezes tomarmos consciência de nossas incoerências, não deve nos afastar do Senhor, é assim que escutamos as palavras do Papa Francisco: “nunca sejais homens, mulheres tristes: um cristão não o pode ser jamais!” (Homilia do Domingo de Ramos, 24.03.13).
      Ouçamos o canto do galo, pelo anúncio da Palavra de Jesus, que liberta e salva; ouçamos o canto do galo, do despertar da consciência que nos faz encarar o olhar de Jesus que nos chama à conversão. Olhar de Jesus que ao encontrar o olhar de Pedro amou-o, sem recriminar, num gesto “silencioso e cheio de ternura”, mas que é eloquente. Deixemo-nos invadir pelo olhar misericordioso de Jesus e sendo amados por ele amemos por ele a todas as pessoas. Amém. 

24 de mar. de 2013


Eucaristia de Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor
Homília de Papa Francisco

2013-03-24 Rádio Vaticana

Jesus entra em Jerusalém. A multidão dos discípulos acompanha-O em festa, os mantos são estendidos diante d’Ele, fala-se dos prodígios que realizou, ergue-se um grito de louvor: «Bendito seja o Rei que vem em nome do Senhor! Paz no céu e glória nas alturas!» (Lc 19, 38).
Multidão, festa, louvor, bênção, paz: respira-se um clima de alegria. Jesus despertou tantas esperanças no coração, especialmente das pessoas humildes, simples, pobres, abandonadas, pessoas que não contam aos olhos do mundo. Soube compreender as misérias humanas, mostrou o rosto misericordioso de Deus, inclinou-Se para curar o corpo e a alma. E agora entra na Cidade Santa…É um espectáculo lindo: cheio de luz, de alegria, de festa.
No início da Missa, também nós o reproduzimos. Agitámos os nossos ramos de palmeira e de oliveira, cantando: «Bendito o Rei que vem em nome do Senhor» (Antífona); também nós acolhemos Jesus; também nós manifestamos a alegria de O acompanhar, de O sentir perto de nós, presente em nós e no nosso meio, como um amigo, como um irmão, mas também como rei, isto é, como farol luminoso da nossa vida. E aqui temos a primeira palavra: alegria! Nunca sejais homens, mulheres tristes: um cristão não o pode ser jamais! Nunca vos deixeis invadir pelo desânimo! A nossa alegria não nasce do facto de possuirmos muitas coisas, mas de termos encontrado uma Pessoa: Jesus, de sabermos que, com Ele, nunca estamos sozinhos, mesmo nos momentos difíceis, mesmo quando o caminho da vida é confrontado com problemas e obstáculos que parecem insuperáveis… e há tantos! Nós acompanhamos, seguimos Jesus, mas sobretudo sabemos que Ele nos acompanha e nos carrega aos seus ombros: aqui está a nossa alegria, a esperança que devemos levar a este nosso mundo. Levemos a todos a alegria da fé!
2. Há uma pergunta, porém, que nos devemos pôr: Para que entra Jesus em Jerusalém? Ou talvez melhor: Como entra Jesus em Jerusalém? A multidão aclama-O como Rei. E Ele não Se opõe, não a manda calar (cf. Lc 19, 39-40). Mas, que tipo de Rei seria Jesus? Vejamo-Lo… Monta um jumentinho, não tem uma corte como séquito, nem está rodeado de um exército como símbolo de força. Quem O acolhe são pessoas humildes, simples. Jesus não entra na Cidade Santa, para receber as honras reservadas aos reis terrenos, a quem tem poder, a quem domina; entra para ser flagelado, insultado e ultrajado, como preanuncia Isaías na Primeira Leitura (cf. Is 50, 6); entra para receber uma coroa de espinhos, uma cana, um manto de púrpura (a sua realeza será objecto de ludíbrio); entra para subir ao Calvário carregado com um madeiro. E aqui temos a segunda palavra: Cruz. Jesus entra em Jerusalém para morrer na Cruz. E é precisamente aqui que refulge o seu ser Rei segundo Deus: o seu trono real é o madeiro da Cruz! Recordemos a eleição do rei David: Deus escolhe não o mais forte, o mais valoroso, mas o último, o mais novo, aquele que ninguém tinha considerado. O que conta não é a força terrena. Diante de Pilatos, Jesus diz: Eu sou Rei; mas a sua força é a força de Deus, que enfrenta o mal do mundo, o pecado que desfigura o rosto do homem. Jesus toma sobre Si o mal, a sujeira, o pecado do mundo, incluindo o nosso pecado, e lava-o; lava-o com o seu sangue, com a misericórdia, com o amor de Deus. Olhemos ao nosso redor… Tantas feridas infligidas pelo mal à humanidade: guerras, violências, conflitos económicos que atingem quem é mais fraco, avidez de dinheiro, de poder, corrupção, divisões, crimes contra a vida humana e contra a criação! E os nossos pecados pessoais: as faltas de amor e respeito para com Deus, com o próximo e com a criação inteira. Na cruz, Jesus sente todo o peso do mal e, com a força do amor de Deus, vence-o, derrota-o na sua ressurreição. Queridos amigos, todos nós podemos vencer o mal que existe em nós e no mundo: com Cristo, com o Bem! Sentimo-nos fracos, inaptos, incapazes? Mas Deus não procura meios poderosos: foi com a cruz que venceu o mal! Não devemos crer naquilo que o Maligno nos diz: não podes fazer nada contra a violência, a corrupção, a injustiça, contra os teus pecados! Não devemos jamais habituar-nos ao mal! Com Cristo, podemos transformar-nos a nós mesmos e ao mundo. Devemos levar a vitória da Cruz de Cristo a todos e por toda a parte; levar este amor grande de Deus. Isto requer de todos nós que não tenhamos medo de sair de nós mesmos, de ir ao encontro dos outros. Na Segunda Leitura, São Paulo diz-nos que Jesus Se despojou de Si próprio, assumindo a nossa condição, e veio ao nosso encontro (cf. Fil 2, 7). Aprendamos a olhar não só para o alto, para Deus, mas também para baixo, para os outros, para os últimos. E não devemos ter medo do sacrifício. Pensai numa mãe ou num pai: quantos sacrifícios! Mas porque os fazem? Por amor! E como os enfrentam? Com alegria, porque são feitos pelas pessoas que amam. Abraçada com amor, a cruz de Cristo não leva à tristeza, mas à alegria.
3. Hoje, nesta Praça, há tantos jovens. Desde há 28 anos que o Domingo de Ramos é a Jornada da Juventude! E aqui aparece a terceira palavra: jovens! Queridos jovens, imagino-vos fazendo festa ao redor de Jesus, agitando os ramos de oliveira; imagino-vos gritando o seu nome e expressando a vossa alegria por estardes com Ele! Vós tendes um parte importante na festa da fé! Vós trazeis-nos a alegria da fé e dizeis-nos que devemos viver a fé com um coração jovem, sempre… mesmo aos setenta, oitenta anos! Com Cristo, o coração nunca envelhece. Entretanto todos sabemos – e bem o sabeis vós – que o Rei que seguimos e nos acompanha, é muito especial: é um Rei que ama até à cruz e nos ensina a servir, a amar. E vós não tendes vergonha da sua Cruz; antes, abraçai-la, porque compreendestes que é no dom de si mesmo que se alcança a verdadeira alegria e que Deus venceu o mal com o amor. Vós levais a Cruz peregrina por todos os continentes, pelas estradas do mundo. Levai-la, correspondendo ao convite de Jesus: «Ide e fazei discípulos entre as nações» (cf. Mt 28, 19), que é o tema da Jornada da Juventude deste ano. Levai-la para dizer a todos que, na cruz, Jesus abateu o muro da inimizade, que separa os homens e os povos, e trouxe a reconciliação e a paz. Queridos amigos, na esteira do Beato João Paulo II e de Bento XVI, também eu me ponho a caminho convosco. Já estamos perto da próxima etapa desta grande peregrinação da Cruz de Cristo. Olho com alegria para o próximo mês de Julho, no Rio de Janeiro. Vinde! Encontramo-nos naquela grande cidade do Brasil! Preparai-vos bem, sobretudo espiritualmente, nas vossas comunidades, para que o referido Encontro seja um sinal de fé para o mundo inteiro.
Vivamos a alegria de caminhar com Jesus, de estar com Ele, levando a sua Cruz, com amor, com um espírito sempre jovem!Peçamos a intercessão da Virgem Maria. Que Ela nos ensine a alegria do encontro com Cristo, o amor com que O devemos contemplar ao pé da cruz, o entusiasmo do coração jovem com que O devemos seguir nesta Semana Santa e por toda a nossa vida. Amen.

23 de mar. de 2013


Histórico encontro entre Papa Francisco e Bento XVI:                              "Somos irmãos"pmir

2013-03-23 Rádio Vaticana
   










O Papa Francisco encontrou-se neste sábado, 23, pela primeira vez com seu predecessor, o Papa emérito, Bento XVI, em Castel Gandolfo, nas proximidades de Roma. Ao meio-dia Francisco se dirigiu de helicóptero à pequena cidade para o encontro com o Papa emérito onde almoçaram juntos num fato sem precedentes na história da Igreja.
Após um voo de 20 minutos o Papa Francisco aterrissou no heliporto das Vilas Pontifícias de Castel Gandolfo, acolhido pelo Papa emérito Bento XVI. Presentes também o Bispo de Albano, Dom Marcello Semeraro e Saverio Petrillo, Diretor das Vilas Pontifícias e Dom Georg Gänswein. Papa Francisco e Bento XVI utilizaram o mesmo automóvel para chegar até a Residência Pontifícia.
Segundo o Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Padre Federico Lombardi, o helicóptero papal aterrissou às 12h15min, hora de Roma. O Santo Padre estava acompanhado pelo Substituto da Secretaria de Estado, Dom Becciu, por Mons. Sapienza e por Mons. Alfred Xuereb. 
Apenas o Papa tocou terra, Bento XVI se aproximou dele e houve um abraço belíssimo entre os dois, disse Pe. Lombardi. Na Residência Apostólica os dois protagonistas deste histórico encontro foram até o apartamento e imediatamente à capela para um momento de oração. 
Na capela, o Papa emérito ofereceu o lugar de honra a Papa Francisco, mas esse disse: “Somos irmãos”, e pediu que se ajoelhassem juntos no mesmo banco, contou Pe. Lombardi. Após um breve momento de oração, se dirigiram para a Biblioteca privada, e por volta das 12h30min, teve início o encontro reservado que durou cerca de 45 minutos.
Padre Lombardi destacou ainda que o Papa emérito estava vestindo uma simples batina branca, sem faixa e sem capa; ao invés Papa Francisco usou uma batina branca com faixa e capa.
Presentes ainda no almoço os dois secretários, portanto, Dom Georg e Mons. Xuereb.
Padre Lombardi referiu também que Papa Francisco presenteou Bento XVI com um ícone de Nossa Senhora da Humildade. O Santo Padre explicou a Bento XVI que “esta Nossa Senhora é a da Humildade, e eu pensei no senhor e quis dar-lhe um presente pelos muitos exemplos de humildade que nos deu durante o seu Pontificado”, destacou Papa Francisco.
Desde o dia 28 de fevereiro, Bento XVI reside neste local, onde acompanhou a eleição do Cardeal Bergoglio como Sumo Pontífice, e aguarda o fim das reformas no mosteiro Mater Ecclesiae dentro do Vaticano.
Papa Francisco, nos seus discursos, tem manifestado palavras de afeto a Bento XVI, chamando-o, seguidamente de “meu Predecessor, o querido e venerado Papa Bento XVI”.
Já na sua primeira aparição no balcão central da Basílica de São Pedro disse “Rezemos pelo nosso Bispo emérito Bento XVI. Rezemos todos juntos por ele, para que o Senhor o abençoe e a Virgem Maria o proteja”.
Após o almoço Papa Francisco retornou ao Vaticano. (SP)

19 de mar. de 2013


Homilia de posse do Papa Francisco
TERÇA-FEIRA, 19 DE MARÇO DE 2013
(Tradução: Rádio Vaticano)


Queridos irmãos e irmãs,

Agradeço o Senhor por poder celebrar esta Missa de início do Ministério Petrino na Solenidade de São José, esposo da Virgem Maria e Patrono da Igreja Universal. É uma coincidência muito rica de significado, e é também o onomástico do meu venerado predecessor. Acompanhamo-no com a oração cheia de estima e gratidão.
Saúdo com afeto os irmãos cardeais e bispos, os sacerdotes e diáconos, religiosos e religiosas, e todos os fiéis leigos. Agradeço por sua presença, os representantes de outras igrejas e comunidades eclesiais, bem como aos representantes da comunidade judaica e todas as comunidades religiosas.
Dirijo a minha cordial saudação aos chefes de estado e de governo, às delegações oficiais de tantos países do mundo e ao corpo diplomático.
Ouvimos ler no Evangelho que José fez como lhe havia ordenado o anjo do Senhor e recebeu sua esposa (cf Mt 1, 24a). Nestas palavras, encerra-se já a missão que Deus confia a José: “ser guardião”. Guardião de quem? De Maria e de Jesus. Mas é uma guarda que, depois, se estende à Igreja, como sublimou o beato João Paulo II.
São José, assim como cuidou com amor de Maria e se dedicou com empenho jubiloso à educação de Jesus Cristo, assim também guarda e protege o Seu Corpo Místico: a Igreja, da qual a Virgem Santíssima é figura e modelo.
Como realiza José esta guarda? Com discrição, com humildade, no silêncio, mas com uma presença constante e uma fidelidade total, mesmo quando não consegue entender. Desde o casamento com Maria até o episódio com Jesus, aos 12 anos no templo de Jerusalém, acompanha com solicitude e amor cada momento. Permanece ao lado de Maria, sua esposa, tanto em momentos serenos como nos momentos difíceis da vida, na ida à Belém para o recenseamento e nas horas ansiosas e felizes do parto, no momento dramático da fuga para o Egito e na busca preocupada do Filho no Templo, e depois na vida cotidiana da Casa de Nazaré, na carpintaria, onde ensinou o ofício a Jesus.
Como vive José a sua vocação de guardião de Maria, de Jesus e da Igreja? Numa constante atenção a Deus, aberto aos seus sinais, disponível mais ao projeto Dele que ao seu. Isto mesmo é o que Deus pede a Davi, como ouvimos na primeira leitura (cf. II Samuel 7,4-5a.12-14a.16). Deus não deseja uma casa construída pelo homem, mas quer a fidelidade à sua Palavra, ao seu desígnio. E é o próprio Deus que constrói a casa, mas de pedras vivas, marcadas pelo seu Espírito.
E José é guardião porque sabe ouvir a Deus, deixa-se guiar pela Sua vontade, e por isso mesmo, se mostra ainda mais sensível com as pessoas que lhe são confiadas. Sabe ler com realismo os acontecimento, está atento àquilo que o rodeia, e toma as decisões mais sensatas. Nele, queridos amigos, vemos como se responde à vocação de Deus, com disponibilidade e prontidão, mas vemos também qual é o centro da vocação cristã: Cristo.
Guardemos Cristo na nossa vida, para guardar os outros, para guardar a criação!Entretanto a vocação de guardião não diz respeito apenas a nós, cristãos, mas tem uma dimensão antecedente, que é simplesmente humana e diz respeito a todos: é a de guardar a criação inteira, a beleza da criação, como se diz no livro de Génesis e nos mostrou São Francisco de Assis: é ter respeito por toda a criatura de Deus e pelo ambiente onde vivemos. É guardar as pessoas, cuidar carinhosamente de todas elas e cada uma, especialmente das crianças, dos idosos, daqueles que são mais frágeis e que muitas vezes estão na periferia do nosso coração. É cuidar uns dos outros na família: os esposos guardam-se reciprocamente, depois, como pais, cuidam dos filhos, e, com o passar do tempo, os próprios filhos tornam-se guardiões dos pais. É viver com sinceridade as amizades, que são um mútuo guardar-se na intimidade, no respeito e no bem.
Fundamentalmente tudo está confiado à guarda do homem, e é uma responsabilidade que nos diz respeito a todos. Sede guardiões dos dons de Deus! E quando o homem falha nesta responsabilidade, quando não cuidamos da criação e dos irmãos, então encontra lugar a destruição e o coração fica ressequido. Infelizmente, em cada época da história, existem “Herodes” que tramam desígnios de morte, destroem e deturpam o rosto do homem e da mulher.
Queria pedir, por favor, a quantos ocupam cargos de responsabilidade em âmbito económico, político ou social, a todos os homens e mulheres de boa vontade: sejamos «guardiões» da criação, do desígnio de Deus inscrito na natureza, guardiões do outro, do ambiente; não deixemos que sinais de destruição e morte acompanhem o caminho deste nosso mundo! Mas, para “guardar”, devemos também cuidar de nós mesmos.
Lembremo-nos de que o ódio, a inveja, o orgulho sujam a vida; então guardar quer dizer vigiar sobre os nossos sentimentos, o nosso coração, porque é dele que saem as boas intenções e as más: aquelas que edificam e as que destroem. Não devemos ter medo de bondade, ou mesmo de ternura.
A propósito, deixai-me acrescentar mais uma observação: cuidar, guardar requer bondade, requer ser praticado com ternura. Nos Evangelhos, São José aparece como um homem forte, corajoso, trabalhador, mas, no seu íntimo, sobressai uma grande ternura, que não é a virtude dos fracos, antes pelo contrário denota fortaleza de ânimo e capacidade de solicitude, de compaixão, de verdadeira abertura ao outro, de amor. Não devemos ter medo da bondade, da ternura!
Hoje, juntamente com a festa de São José, celebramos o início do ministério do novo Bispo de Roma, Sucessor de Pedro, que inclui também um poder. É certo que Jesus Cristo deu um poder a Pedro, mas de que poder se trata? À tríplice pergunta de Jesus a Pedro sobre o amor, segue-se o tríplice convite: apascenta os meus cordeiros, apascenta as minhas ovelhas. Não esqueçamos jamais que o verdadeiro poder é o serviço, e que o próprio Papa, para exercer o poder, deve entrar sempre mais naquele serviço que tem o seu vértice luminoso na Cruz; deve olhar para o serviço humilde, concreto, rico de fé, de São José e, como ele, abrir os braços para guardar todo o Povo de Deus e acolher, com afecto e ternura, a humanidade inteira, especialmente os mais pobres, os mais fracos, os mais pequeninos, aqueles que Mateus descreve no Juízo final sobre a caridade: quem tem fome, sede, é estrangeiro, está nu, doente, na prisão (cf. Mt 25, 31-46).
Apenas aqueles que servem com amor capaz de proteger. Na segunda Leitura, São Paulo fala de Abraão, que acreditou «com uma esperança, para além do que se podia esperar» (Rm 4, 18). Com uma esperança, para além do que se podia esperar! Também hoje, perante tantos pedaços de céu cinzento, há necessidade de ver a luz da esperança e de darmos nós mesmos esperança. Guardar a criação, cada homem e cada mulher, com um olhar de ternura e amor, é abrir o horizonte da esperança, é abrir um rasgo de luz no meio de tantas nuvens, é levar o calor da esperança! E, para o crente, para nós cristãos, como Abraão, como São José, a esperança que levamos tem o horizonte de Deus que nos foi aberto em Cristo, está fundada sobre a rocha que é Deus.
Guardar Jesus com Maria, guardar a criação inteira, guardar toda a pessoa, especialmente a mais pobre, guardarmo-nos a nós mesmos: eis um serviço que o Bispo de Roma está chamado a cumprir, mas para o qual todos nós estamos chamados, fazendo resplandecer a estrela da esperança: Guardemos com amor aquilo que Deus nos deu!
Peço a intercessão da Virgem Maria, de São José, de São Pedro e São Paulo, de São Francisco, para que o Espírito Santo acompanhe o meu ministério, e, a todos vós, digo: rezai por mim! Amém.


Terça-Feira, 19 de Março de 2013 
São José, Esposo da Virgem Maria

Neste dia deu-se a Missa inaugural do Pontificado do Papa Francisco à frente da Igreja Católica, na Praça de São Pedro, repleta de fieis e com a participação de mais de 130 delegações de Países com seus Chefes de Estado ou representantes. Ali também estava a representação de várias Igrejas Cristãs, entre eles Bartolomeu I, da Igreja Ortodoxa Russa, além de representantes de várias religiões.
Deus dê vida longa e abençoe o Santo Padre Francisco! 


Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus (1,16.18-21.24a)

16Jacó gerou José, o esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, que é chamado o Cristo.18A origem de Jesus Cristo foi assim: Maria, sua mãe, estava prometida em casamento a José, e, antes de viverem juntos, ela ficou grávida pela ação do Espírito Santo. 19José, seu marido, era justo e, não querendo denunciá-la, resolveu abandonar Maria em segredo.20Enquanto José pensava nisso, eis que o anjo do Senhor apareceu-lhe, em sonho, e lhe disse: “José, Filho de Davi, não tenhas medo de receber Maria como tua esposa, porque ela concebeu pela ação do Espírito Santo.
21Ela dará à luz um filho, e tu lhe darás o nome de Jesus, pois ele vai salvar o seu povo dos seus pecados”. 24aQuando acordou, José fez conforme o anjo do Senhor havia mandado.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor!

Ou 

Evangelho de Jesus Cristo segundo + Lucas (2,41-51) 

41Os pais de Jesus iam todos os anos a Jerusalém, para a festa da Páscoa. 42Quando ele completou doze anos, subiram para a festa, como de costume. 43Passados os dias da Páscoa, começaram a viagem de volta, mas o menino Jesus ficou em Jerusalém, sem que seus pais o notassem. 44Pensando que ele estivesse na caravana, caminharam um dia inteiro. Depois começaram a procurá-lo entre os parentes e conhecidos. 45Não o tendo encontrado, voltaram para Jerusalém à sua procura. 46Três dias depois, o encontraram no Templo. Estava sentado no meio dos mestres, escutando e fazendo perguntas. 47Todos os que ouviam o menino estavam maravilhados com sua inteligência e suas respostas.48Ao vê-lo, seus pais ficaram muito admirados e sua mãe lhe disse: “Meu filho, por que agiste assim conosco? olha que teu pai e eu estávamos, angustiados, à tua procura”.49Jesus respondeu: “Por que me procuráveis? Não sabeis que devo estar na casa de meu Pai?” 50Eles, porém, não compreenderam as palavras que lhes dissera. 51Jesus desceu então com seus pais para Nazaré, e era-lhes obediente.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

16 de mar. de 2013

IV CATEQUESE COM O ARCEBISPO

Hoje, na Catedral Metropolitana de Fortaleza acontece a quarte e última Catequese do Arcebispo com os jovens e todo o povo de Deus.
O evento tem início às 16h e será animado pela juventude da Paróquia Santa Cecília - Bom Jardim. 

VOCÊ NÃO PODE PERDER!



Na sequência os vocacionados da Arquidiocese de Fortaleza virão para o Seminário Propedêutico para participarem do II Encontro Vocacional do ano de 2013.


15 de mar. de 2013


Papa Francisco 



Audiência com o Colégio Cardinalício
Sala Clementina do Palácio Apostólico
Sexta-feira, 15 de março de 2013

Boletim da Santa Sé
Tradução: Jéssica Marçal
Irmãos Cardeais,
Este período dedicado ao Conclave foi repleto de significado não somente para o Colégio Cardinalício, mas também para todos os fiéis. Nestes dias sentíamos quase sensivelmente a atenção de tantas pessoas que, embora não partilhando da nossa fé, olham com respeito e admiração a Igreja e a Santa Sé. De cada ângulo da terra levantou-se fervorosas e unidas orações do Povo cristão para o novo Papa, e repleto de emoção foi o meu primeiro encontro com a multidão presente na Praça São Pedro. Com aquela sugestiva imagem do povo orando e alegre ainda impressa na minha mente, desejo manifestar o meu sincero reconhecimento aos Bispos, aos sacerdotes, às pessoas consagradas, aos jovens, às famílias, aos anciãos pela sua proximidade espiritual, tão tocante e fervorosa.
Sinto a necessidade de exprimir a minha mais viva e profunda gratidão a todos vocês, venerados e queridos Irmãos Cardeais, pela solícita colaboração à condução da Igreja durante a Sé Vacante. Dirijo a cada um uma cordial saudação, a começar pelo Decano do Colégio cardinalício, o Senhor Cardeal Angelo Sodano, a quem agradeço pelas manifestações de devoção e pelas fervorosas saudações que me dirigiu em nome de vocês. Com ele agradeço ao Senhor Cardeal Tarcísio Bertone, Camerlengo da Santa Romana Igreja, pelo seu cuidado trabalho nesta delicada fase de transição e também ao caríssimo Cardeal Giovanni Battista Re, que foi o nosso chefe no Conclave: muito obrigado! O meu pensamento também vai com particular afeto aos venerados Cardeais que, por causa da idade ou de doença, asseguraram a sua participação e o seu amor à Igreja através do oferecimento do sofrimento e da oração. E gostaria de dizer que outro dia o Cardeal Mejía teve um infarto cardíaco: ele se recupera no hospital Pio XI. Mas acredita-se que a sua saúde esteja estável, e nos enviou as suas saudações.
Não pode faltar o meu agradecimento também a quantos, em diversas tarefas, trabalharam na preparação e no desenvolvimento do Conclave, favorecendo a segurança e a tranquilidade dos Cardeais neste período tão importante para a vida da Igreja.
Um pensamento cheio de grande afeto e de profunda gratidão dirijo ao meu venerado Predecessor Bento XVI, que nestes anos de Pontificado enriqueceu e fortaleceu a Igreja com o Seu magistério, a Sua bondade, a Sua condução, a Sua fé, a Sua humildade e a Sua suavidade. Permanecerão um patrimônio espiritual para todos! O ministério petrino, vivido com total dedicação, teve Nele um intérprete sábio e humilde, com o olhar sempre voltado para Cristo, Cristo ressuscitado, presente e vivo na Eucaristia. O acompanharão sempre a nossa fervorosa oração, a nossa incessante recordação, a nossa eterna gratidão e afeto. Sentimos que Bento XVI acendeu no fundo dos nossos corações uma chama: essa continuará a arder porque será alimentada por Sua oração, que apoiará ainda a Igreja no seu caminho espiritual e missionário.
Queridos Irmãos Cardeais, este nosso encontro quer ser um prolongamento da intensa comunhão eclesial experimentada neste período. Animados por um profundo senso de responsabilidade e de grande amor por Cristo e pela Igreja, rezamos juntos, compartilhando fraternalmente os nossos sentimentos, as nossas experiências e reflexões. Neste clima de grande cordialidade e de tanto crescimento do recíproco crescimento e a mútua abertura; e isto é bom, porque nós somos irmãos. Alguém me dizia: os Cardeais são os sacerdotes do Santo Padre. Aquela comunidade, aquela amizade, aquela proximidade nos fará bem. E este conhecimento e esta abertura mútua nos facilitaram a docilidade à ação do Espírito Santo. Ele, o Paráclito, é o supremo protagonista de cada iniciativa e manifestação de fé. É curioso: isso me faz pensar. O Paráclito faz todas as diferenças nas Igrejas, e parece que seja um apóstolo de Babel. Mas por outro lado, é Aquele que faz a unidade destas diferenças, não na “igualdade”, mas na harmonia. Eu recordo aquele Padre da Igreja que o definia assim: “Ipse harmonia est”. O Paráclito que dá a cada um de nós carismas diferentes, nos une nesta comunidade de Igreja, que adora o Pai, o Filho e Ele, o Espírito Santo.
Propriamente partindo do autêntico afeto colegial que une o Colégio Cardinalício, expresso a minha vontade de servir o Evangelho com renovado amor, ajudando a Igreja a tornar-se sempre mais em Cristo e com Cristo, a videira fecunda do Senhor. Estimulados também pela celebração do Ano da Fé, todos juntos, Pastores e fiéis, nos esforcemos em responder fielmente à missão de sempre: levar Jesus Cristo ao homem e conduzir o homem ao encontro com Jesus Cristo, Caminho, Verdade e Vida, realmente presente na Igreja e contemporâneo em cada homem. Tal encontro leva a transformar homens novos no mistério da Graça, suscitando na alma aquela alegria cristã que constitui o cêntuplo doado por Cristo a quem O acolhe na própria existência.
Como nos recordou tantas vezes em seus ensinamentos e, por último, com este gesto corajoso e humilde, o Papa Bento XVI, é Cristo que guia a Igreja por meio do seu Espírito. O Espírito Santo é a alma da Igreja com a sua força vivificante e unificante: de muitos faz um corpo só, o Corpo místico de Cristo. Não cedamos nunca ao pessimismo, àquela amargura que o diabo nos oferece a cada dia; não cedamos ao pessimismo e ao desencorajamento: tenhamos a firme certeza de que o Espírito Santo doa à Igreja, com o seu sopro poderoso, a coragem de perseverar e também de procurar novos métodos de evangelização, para levar o Evangelho até os extremos confins da terra (cfr At 1,8). A verdade cristã é atraente e persuasiva porque responde à necessidade profunda da existência humana, anunciando de maneira convincente que Cristo é o único Salvador de todo o homem e de todos os homens. Este anúncio é válido hoje como o foi no anúncio do cristianismo, quando se trabalhou a primeira grande expansão missionária do Evangelho.
Queridos Irmãos, força! A metade de nós está em idade avançada: a velhice é – parece-me dizer assim – a sede da sabedoria da vida. Os idosos têm a sabedoria de ter caminhado na vida, como o velho Simeão, a velha Ana no Templo. E propriamente aquela sabedoria fez-lhes reconhecer Jesus. Doemos esta sabedoria aos jovens: como o bom vinho, que com os anos torna-se melhor, doemos aos jovens a sabedoria da vida. Vem à minha mente aquilo que um poeta alemão dizia sobre a velhice: “Es ist ruhig, das Alter, und fromm”: é o tempo da tranquilidade e da oração. E também de dar aos jovens esta sabedoria. Vocês voltarão para suas respectivas sedes para continuar o vosso ministério, enriquecidos pela experiência destes dias, tão repletos de fé e de comunhão eclesial. Tal experiência única e incomparável nos permitiu acolher em profundidade toda a beleza da realidade eclesial, que é um reflexo do esplendor de Cristo Ressuscitado: um dia olharemos para aquela face belíssima do Cristo Ressuscitado!
À potente intercessão de Maria, nossa Mãe, Mãe da Igreja, confio o meu ministério e o vosso ministério. Sob o seu olhar materno, cada um de nós possa caminhar feliz e dócil à voz do seu Filho divino, reforçando a unidade, perseverando concordemente na oração e testemunhando a genuína fé na presença contínua do Senhor. Com estes sentimentos – são verdadeiros! – com estes sentimentos, concedo-vos de coração a Benção Apostólica, que estendo aos vossos colaboradores e às pessoas confiadas á vossa cúria pastoral.
Papa Francisco

13 de mar. de 2013


Bênção Apostólica "Urbi et Orbi":


Irmãos e irmãs, boa-noite!

Vós sabeis que o dever do Conclave era dar um Bispo a Roma. Parece que os meus irmãos Cardeais tenham ido buscá-lo quase ao fim do mundo… Eis-me aqui! Agradeço-vos o acolhimento: a comunidade diocesana de Roma tem o seu Bispo. Obrigado! E, antes de mais nada, quero fazer uma oração pelo nosso Bispo emérito Bento XVI. Rezemos todos juntos por ele, para que o Senhor o abençoe e Nossa Senhora o guarde.

[Recitação do Pai Nosso, Ave Maria e Glória ao Pai]

E agora iniciamos este caminho, Bispo e povo... este caminho da Igreja de Roma, que é aquela que preside a todas as Igrejas na caridade. Um caminho de fraternidade, de amor, de confiança entre nós. Rezemos sempre uns pelos outros. Rezemos por todo o mundo, para que haja uma grande fraternidade. Espero que este caminho de Igreja, que hoje começamos e no qual me ajudará o meu Cardeal Vigário, aqui presente, seja frutuoso para a evangelização desta cidade tão bela!
E agora quero dar a Bênção, mas antes… antes, peço-vos um favor: antes de o Bispo abençoar o povo, peço-vos que rezeis ao Senhor para que me abençoe a mim; é a oração do povo, pedindo a Bênção para o seu Bispo. Façamos em silêncio esta oração vossa por mim.

[…]

Agora dar-vos-ei a Bênção, a vós e a todo o mundo, a todos os homens e mulheres de boa vontade.

[Bênção]

Irmãos e irmãs, tenho de vos deixar. Muito obrigado pelo acolhimento! Rezai por mim e até breve! Ver-nos-emos em breve: amanhã quero ir rezar aos pés de Nossa Senhora, para que guarde Roma inteira. Boa noite e bom descanso!


FOTOS DO NOVO PAPA





FUMAÇA BRANCA!!!

HABEMUS PAPAM!!!!




A Pastoral Vocacional da Arquidiocese de Fortaleza alegra-se imensamente com a Eleição do Santo Padre; alegria imensa por que a Igreja mais uma vez demonstra para o mundo sua vivacidade e sua juventude, ao renovar no coração de seus fieis o ardor missionário e a esperança de um tempo novo!
Seja bem vindo Santo Padre, 

FRANCISCO



12 de mar. de 2013


ORAÇÕES DA MISSA "PRO ELIGENDO PONTIFICE"

(Para a eleição do Papa ou do Bispo)


Antífona de entrada
Suscitarei um sacerdote fiel, que trabalhará conforme o meu coração. Eu o edificarei uma casa duradoura e ele caminhará na presença do meu Ungido todos os dias de sua vida. (1 Sam. 2,35)

Oração Coleta
Senhor e Pastor eterno,
que governas o teu rebanho com incansável proteção;
concede a tua Igreja, em tua infinita bondade,
um pastor que te glorifique por sua santidade
e que nos guie com vigilante e paternal solicitude.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que vive e reina contigo na unidade do Espírito Santo,
e é Deus, pelos séculos dos séculos.

Oração sobre as oferendas
Pai cheio de misericórdia,
tem piedade de nós para que,
graças a estes dons que humildemente te oferecemos,
possamos alegrar-nos de ver a tu Igreja
guiada por um pastor que seja do teu agrado.
Por Jesus Cristo, nosso Senhor.

Antífona de comunhão
Disse o Senhor: sou eu que os elegeu e os destinei para que vão e dêem fruto, e esse fruto seja duradouro. (Jn. 15,16)

Oração depois da Comunhão
Depois de havermos renovado, Senhor,
com o Corpo e o Sangue de teu Filho,
te pedimos que alegres ao teu povo,
outorgando-lhe em tua bondade
um pastor que os instrua com suas virtudes
e o ilumine com o Evangelho da verdade.
Por Jesus Cristo, nosso Senhor.

11 de mar. de 2013


"EIS-ME AQUI, ENVIA-ME" (Is 6,8)

Com estas palavras do livro do Profeta Isaias no seu capítulo 6, versículo 8, propõe-se a Campanha da Fraternidade 2013 convocar o protagonismo dos jovens na construção de nova vida, de compromisso com nova vitalidade na Igreja e na Sociedade.
Ela recorda como no centro vital deste protagonismo está um encontro pessoal com Deus em Jesus Cristo e seu seguimento, abertura à ação do Espírito de Deus – Amor novo em plenitude.
Esta proposta é voltada para uma nova juventude motivada e cheia de energia para fazer acontecer “o Novo”, superando todas as dominações de velhice e caducidade que um mundo fechado em seu egoísmo e paralisado em suas opções hedonistas e materialistas.
Diante de uma “mudança de época” que rompe com muitos ou altera muitos dos paradigmas tradicionais que sustentam certa visão da vida e do mundo, as mesmas estruturas mais fundamentais da sociedade se desfazem e perdem referências de horizonte, de motivações, de esperanças, gastando-se no “carpe diem” do consumo de coisas e pessoas, de si mesmo, de tudo, enfim.
A grande alegria da descoberta do dom de Deus em Cristo renova a juventude do espírito e do corpo dos próprios jovens em idade e dos que, passada a idade física jovem, descobrem sempre uma nova juventude dada pelo Eterno Jovem que é o próprio Deus.
O impacto da mudança de época que vivemos tem deixado muitos à deriva da vida. E mesmo os que foram tocados pela Fé, mostram-se tomados de desânimo na superação do peso de morte que a sociedade cada dia mais demostra.
O chamado do Santo Padre Bento XVI para um Ano da Fé, uma Nova Evangelização, acolhendo sangue novo nas veias da Igreja e da Sociedade Humana, mostra a direção da fonte desta “eterna juventude” do espírito que pode sobrepujar qualquer ausência de perspectiva de futuro e de esperança.
“Tudo é possível àquele que crê!”(Mc 9, 23) – é a direta afirmação de Jesus a quem o busca de modo indeciso e sem a certeza de seu poder.
Chegou a hora de repropor o encontro com o Senhor ressuscitado, vivo e presente na História do Mundo, o “todo poderoso”, que assim se mostra; capaz de tudo renovar na face da terra. (cf. Apc 21,5)
É hora de repropor o Evangelho com o testemunho da Fé. Assim mora a juventude no coração da Igreja. E sua opção é acolhimento do dom que a mesma juventude traz para a humanidade como poder recomeçar com entusiasmo a vida e dela fazer a grande oportunidade de fazer acontecer o Reino de Deus – que é Reino para o Homem.
A própria realidade natural, expressão do Criador, coloca no ser da juventude um chamado, um clamor, uma convocação: “A quem enviarei?” E o coração ainda vivo, que sonha, que espera, que anseia, descobre que não está só e pode responder: “Eis-me aqui, envia-me.” (Is 6,8) Na experiência vital do jovem, a esperança de renovação da força da humanidade que age com Aquele que lhe dá força. (cf. Flp. 4, 13)
“O profeta em questão, Isaias, é chamado a profetizar sobre uma estrutura social cristalizada, que se mantinha em um ciclo contínuo de injustiça… Em seu anúncio é apresentada uma nova estrutura para a sociedade… O jovem profeta vê além: por isso, consegue encontrar novos caminhos diante dos mecanismos de sobrevivência já inertes e sem esperança. Os jovens são protagonistas da evangelização e artífices da renovação social.” (do texto base da CF 2013, 251 ss)
Se a humanidade não quiser acabar na decrepitude e decomposição total, deverá optar sempre pelo rejuvenescimento, pela geração de novas gerações que a desafiem ao novo da esperança e à superação das fórmulas cristalizadas de egoísmo e morte.
Feliz momento em que vivemos: é preciso abrir-nos ao novo, ao jovem, à busca e à esperança. E a juventude sempre renovada por Aquele que alegra a nossa juventude (cf. Sl 42, 4 – Vulgata: et introibo ad altare Dei ad Deum qui laetificat iuventutem meam confitebor tibi in cithara Deus Deus meus.” – Deus que alegra a minha juventude e me faz tomar o violão para louvar o meu Deus.)
Sem dúvida esta é uma tradução livre, mas muito significativa para mostrar como é hora de abrir espaço para a juventude, para a alegria, para o novo, para o louvor de Deus. E dizermos com toda a confiança: “Eis-me aqui, envia-me.”
+ José Antonio Aparecido Tosi Marques
Arcebispo Metropolitano de Fortaleza

10 de mar. de 2013

Encontro Arquidiocesano de Agentes de 
Equipes Vocacionais Paroquais

Aconteceu neste final de semana, 09 e 10 de março, o encontro de formação para agentes de equipes vocacionais paroquiais, com assessoria do Pe. Valdecir Ferreira, da CNBB Nacional. 

O encontro contou a participação de leigos membros de Equipes Vocacionais de algumas Paróquias da Arquidiocese, alguns religiosos (as), membros de Novas Comunidades, seminaristas, e representantes das Dioceses de Sobral e Tianguá. 

Os grupos refletiram, em momentos de estudo direcionados pelo assessor sobre a necessidade de uma "cultura vocacional" e posteriormente sobre a importância e atividades que as EVP's podem realizar nas comunidades. 

Posteriormente serão divulgadas as conclusões desse encontro.

A Pastoral Vocacional realizará, nos dias 26-28 de abril, o I Seminário de Pastoral Vocacional, com a presença de Dom Waldemar Passini (Bispo Auxiliar de Goiânia e referencial para a PV na CNBB Nacional), além das presenças de Dom José Antonio, Dom Rosalvo e Dom Vasconcelos. 

AGENDE-SE!!! 

Para esse Seminário, em abril, são convidados representantes de todas as equipes pastorais vocacionais além de  membros dos diversos Movimentos, Novas Comunidades,...

Veja fotos de momentos do encontro e da Catequese deste final de semana:













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