13 de set. de 2012

         
Carisma Diocesano – Homens oblados, homens santificados - Parte I

Amados irmãos do nosso blog, a partir de hoje iremos postar em nosso blog alguns exemplos de presbíteros diocesanos que hoje são venerados pela Igreja como santos. E assim poderemos vislumbrar que na vida diocesana o chamado à santidade é ainda mais pertinente.

Começaremos com São João Maria Vianney.



            Nascia na pequena cidade de Dardilly (França), em 08 de maio de 1786, João Batista Maria Vianney. Este viria a se tornar um grande exemplo para os sacerdotes, o padroeiro destes.
            De uma família de agricultores, o terceiro de seis filhos, desde pequeno recebeu a instrução católica de seus pais, Mateus Vianney e Maria Béluse. O cristianismo era muito presente nesta família de pessoas simples. Pedro Vianney, pai de Mateus, havia outrora abrigado em sua casa o “vagabundo de Cristo”, São Bento José Labre.
            Essa família, mesmo diante das dificuldades e das perseguições oriundas dos “anos do Terror” (período da Revolução Francesa), se mostra fiel à Igreja, participando da santa missa, celebrada clandestinamente em celeiros por padres refratários (contrários à revolta), direcionando seus filhos no caminho da Verdade.
            Por volta dos 17 anos, João Maria Vianney, sente consolidado o chamado ao sacerdócio. No início há a resistência do pai, que depois acaba sendo convencido, pela sua esposa, e aceitando a vocação do filho.
            O jovem Vianney, acostumado com os trabalhos braçais, sentiu muitas dificuldades nos estudos, quanto à memorização dos conteúdos e à compreensão do latim. Mas, com muito esforço, dedicação e oração, após ter visitado o túmulo de São João Francisco de Régis, em Louvesc, e pedido sua intercessão, conseguiu ser ordenado, em 13 de agosto de 1815.
            No início do seu ministério sacerdotal, devido às debilidades nos estudos, não tinha licença para ouvir confissões.
            Por volta de 1817, foi enviado ao povoado de Ars, cidadela com cerca de 230 habitantes. Esta, por sua vez, devido à ausência de padres (resultado da Revolução, onde muitos sacerdotes foram mortos na guilhotina), tinha se tornado uma cidade completamente mundana, onde os jovens viviam em tabernas e festas dançantes, o domingo não era respeitado, a oração não era comum e a igreja paroquial era escassa de fieis.  Estes pontos serão fortemente criticados pelo Pe. João Maria Vianney em suas homilias e catequeses.
            Dedicou-se com todas as suas forças pela conversão dos cidadão de Ars. Rezava e jejuava constantemente, passava horas em adoração ao Santíssimo Sacramento, tudo em penitência por aqueles que ainda estavam afastados de Deus. Quanto às homilias, o santo anotava suas inspirações, para que não fossem esquecidas e passava longos momentos memorizando e aperfeiçoando sua fala. Com caridade pastoral abordava diretamente em assuntos que manchavam a honra daquela comunidade e iam contra à vontade de Deus.
            O Cura de Ars (Cura – modo como eram chamados os sacerdotes de pequenas cidades e vilarejos), que outrora era impedido de confessar, começou a passar horas no confessionário e a ser procurado por pessoas de diversos lugares que ficavam encantadas com suas pregações e seus conselhos, e reconheciam que Ars já não era a mesma.
            O êxito do exemplar ministério sacerdotal e da vida austera desse humilde homem, que muitos não colocaram credibilidade, se deu pelo amor. Este tinha um amor grandioso por Nosso Senhor Jesus Cristo, por Nossa Senhora e pela sua vocação. Daí um pensamento seu: “O Sacerdote só será bem compreendido no céu... Se o compreendêssemos na terra, morreríamos, não de pavor, mas de amor.

São João Maria Vianney, rogai por nós!

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