8 de fev. de 2015

Seminário Propedêutico de Fortaleza teve aumento de 100% de vocacionados. A razão? O apostolado pessoal, explica padre brasileiro

Com um motivo a mais para dar graças a Deus, o arcebispo de Fortaleza, Dom José Antonio Aparecido Tosi Marques, presidiu nesta sexta-feira, às 19h, no Seminário Propedêutico Dom Aloísio Lorscheider, a missa de acolhimento da nova turma de 24 seminaristas. O número é 100% a mais em relação a 2012. Em 2014 e 2013 foi 80% maior com uma turma de 19 candidatos. Este número coloca a Arquidiocese dentre as que mais acolheram novos candidatos ao sacerdócio no Brasil.

“Eu avalio esse crescimento com muita alegria, em primeiro lugar, porque é sinal da resposta dos jovens, mas também como uma grande responsabilidade, porque assumimos o dever de educar esses jovens para o sacerdócio”, disse.

Para ele, o aumento do número de vocações nos últimos anos sofreu influência do Papa emérito Bento XVI e do Papa Francisco.

“A Igreja tem vivido um novo Pentecostes desde o Vaticano II. O Papa Francisco tem influenciado muito nas questões vocacionais e falado muito aos seminaristas, contando a história da própria vocação, mas a geração que nos procura também viveu o Pontificado de Bento XVI. Acredito que há uma mistura entre a liturgia e o empenho doutrinal de Bento XVI e todo o carisma do Papa Francisco. É uma geração de dois Papas”, resumiu.

Outra razão para o aumento do número de vocações, na visão do Padre Raphael, são as novas comunidades e movimentos eclesiais, chamados por São João Paulo II de “Primavera da Igreja”.

“Pela minha experiência, esse tem sido um chão muito fértil para o surgimento de novas vocações. Além das paróquias que são a primeira base, onde surgem os movimentos e acontece a vida desses novos grupos e comunidades”, observou o padre.

O baixo índice de desistência das novas vocações também chama a atenção, dos 19 que ingressaram em 2014, 90 % da turma concluiu o ano formativo e passou para a etapa seguinte.

“Acredito que um dos grandes trunfos é o diálogo com os diversos ramos da Igreja e com as diversas experiências de vida religiosa. Temos procurado fazer isso com mais propriedade. Outra coisa importante é a atenção direta à pessoa, a cada formando. Procuramos não fazer uma formação massiva, mas sim uma formação personalizada. Acredito que isso tem sido o grande diferencial”, avaliou o sacerdote.

A juventude dos padres de Fortaleza foi citada como um grande incentivo para os vocacionados.

“Nossa Arquidiocese tem um número muito elevado de padres jovens, ordenados nos últimos 11 anos, e ver padres jovens também exerce uma influência nos vocacionados”, ressaltou.

A partir de 2015, terá início um grupo de discernimento vocacional, com encontros periódicos para adolescentes e jovens, de 12 a 17 anos.

“Eles têm procurado muito o seminário. Isso mostra que tem vocações muito novas nascendo na Igreja e precisamos ter um cuidado muito pessoal com cada um deles”, destacou Padre Raphael, que também é responsável pela Pastoral Vocacional da Arquidiocese de Fortaleza.

Por Cláudia Brito de Albuquerque e Sá

Fonte: ACI Digital 

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